quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Arte e propaganda nos baixos-relevos romanos


Arte e propaganda andaram sempre aliadas, desde os primeiros tempos. A propaganda pode ser política, ao serviço dos reis, imperadores e ditadores, ou religiosa, ao serviço do templo, dos sacerdotes e dos monarcas que, muitas vezes eram divinizados.

Em qualquer dos casos, trata-se da arte ao serviço de um poder instituído que se pretende legitimar e perpetuar. As imagens de poder podem ir de uma simples estátua do imperador a um baixo-relevo narrativo, contando uma história de uma batalha ou o diálogo do imperador com os deuses.

O retrato de Trajano, parcialmente representado aqui ao lado, evidencia uma imagem de um homem decidido, poderoso, com o braço direito estendido num gesto de comando. Não é por acaso que aparece vestido com a sua couraça, atributo de chefe militar, a jeito de protector e defensor do estado.

Links úteis:

http://www.serralves.pt/gca/index.php?id=432

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_imperadores_romanos

http://ihc.fcsh.unl.pt/index.php?ID=1536

http://www.umacoisaeoutra.com.br/marketing/publiart.htm

A perspectiva


A perspectiva foi cientificamente definida no renascimento por L. B. Alberti, no séc. XV. Trata-se de um conceito de representação do espaço a três dimensões e que pode ser aplicado tanto à pintura como ao baixo-relevo. A preocupação em representar fielmente o espaço tridimensional , e os corpos projectados nesse espaço, ressurge numa época em que ciência e arte se juntam numa aliança que durará com bastante vigor até ao séc. XIX, data em que outros valores se erguem na arte.


Esta aliança entre ciência e arte basea-se num progresso científico que atinge vários campos como a matemática, a física, a geometria e a anatomia. A base da perspectiva encontra-se no desenho e na observação. Por outro lado, os artistas procediam a experiências e simulações, criando mesmo certos dispositivos que procuravam registar, com acuidade, os resultados de experiências ópticas.


No séc. XV, os artistas, tanto escultores como pintores, apreciaram uma simetria e equilíbrio de formas que os fez optar, as mais das vezes, por colocar o ponto de fuga no centro da composição que coincidia quase sempre com o centro físico do quadro ou baixo-relevo. Este esquema presidiu às perspectivas de Ghiberti nas Portas do Paraíso mas também a muitos quadros de Rafael. Por sua vez, os artistas do Alto Renascimento e do Maneirismo começaram a subir a linha do horizonte, dispondo o ponto de fuga na metade superior da composição. Artistas como Tintoretto preferiam perspectivas enviezadas, com o ponto de fuga bastante subido e colocado num dos cantos superiores, à esquerda ou à direita. Após as últimas experiências maneiristas, o conceito de perspectiva não foi substancialmente alterado no Barroco ou no Romantismo. Só as soluções pictóricas do fim do séc. XIX e de transição para o séc. XX, nomeadamente o cubismo, vieram criar uma ruptura com o conceito tradicional de perspectiva.


Existem dois tipos de perspectiva: a perspectiva linear (arquitectónica) e a perspectiva aérea. A primeira basea-se num articulado de linhas geralmente proporcionadas pelo desenho das arquitecturas (telhados, cornijas, entablamenmtos, empedrados, etc.). A segunda resulta da gradação de tonalidades cromáticas, colocando as cores quentes em primeiros planos e as frias (azuis, brancos, cinzentos, etc.) no último plano, sugerindo a ilusão de distância.


Resta afirmar, nesta introdução ao tema da perspectiva, que este conceito é relativo a valores clássicos da cultura Ocidental e que resulta de uma dada visão sobre o que é a realidade. Aliás, esta problemática ficou muito bem colocada na já clássica obra de E. Panofsky intitulada "A perspectiva como forma simbólica".

Outra bibliografia sobre o assunto:
Aumont, J., A Imagem, Papirus Editora, São Paulo, (1993).
Blakemore, C., Os Mecanismos da Mente, Editorial Presença, Lisboa, (1986).
Sicard, M., La Fabrique du Regard, Odile Jacob, Paris, (1998).
Sproccati, S. (dir.), Guia de História de Arte, Editorial Presença, Lisboa, (1994).
Villafañe, J., Introducción a la Teoria de la Imagen, Ediciones Pirámide, Madrid, (1992).
Links úteis:
http://library.thinkquest.org/3257/
http://www1.ci.uc.pt/iej/alunos/1998-99/cbs/entrada1/conteudo.htm

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Arte etrusca




A arte etrusca refere-se à arte da antiga civilização da Etrúria localizada na Itália central (actual Toscana) e que teve o seu apogeu artístico entre os século VIII e II a.C..
As origens deste povo, e consequentemente do estilo, remontam aos povos que habitavam a região (ou a partir dela se deslocaram) da Ásia menor durante a Idade do bronze e Idade do ferro, mas também outras culturas influenciaram a sua arte (por proximidade ou contacto comercial), como a grega, fenícia, egípcia, assíria e a oriental. Mas o seu aparente carácter helenistico simples (visto o seu florescimento coincidir com o período arcaico grego) esconde um estilo único e inovador de características muito próprias que viria a influenciar profundamente a arte romana e pela qual estaria já totalmente absorvido no século I a.C..
Até à actualidade muita da herança etrusca se foi perdendo e as peças e vestígios que hoje se conhecem podem dar apenas uma ideia parcial do que seria em plenitude a arte desta civilização. A maior parte do espólio etrusco advém de escavações arqueológicas em necrópoles (Cerveteri, Tarquinia, Populonia, Orvieto, Vetulonia, Norchia) trazendo à luz acima de tudo peças e construções de carácter religioso relacionadas com o culto funerário.


De um modo geral pode-se afirmar que os artistas etruscos eram artesãos de grande habilidade. Executavam peças (estatuária, vasos, espelhos, caixas, etc) de grande qualidade e maestria em terracota, barro, bronze e metal, desenvolviam também peças de joalharia (em ouro, prata e marfim) e uma cerâmica negra (designada Bucchero).


Escavações efectuadas em tumbas subterrâneas revelaram urnas de barro (onde se colocavam os restos mortais) com elementos escultóricos representando elementos anatómicos do falecido (p. ex. tampa em forma de cabeça); bustos (que poderão ter estado na origem dos bustos romanos); esculturas e relevos em sarcófagos onde, numa fase posterior, figuras humanas em tamanho real surgem reclinadas sobre a tampa como se de um leito se tratasse (jacente). Mas aqui, em oposição à escultura grega em pedra, a escultura etrusca toma forma em materiais mais brandos que possibilitam uma modulação mais elástica, fluida e arredondada incutindo nas figuras uma natural espontaneidade.
As câmaras funerárias, que retratam o interior de uma habitação, são de tecto em abóbada ou falsa cúpula e são revestidas de pinturas murais (frescos) retratando cenas mitológicas, do quotidiano e rituais funerários de demarcado carácter bi-dimensional, estilizado (formas delineadas a negro), mas de cores vivas e atmosfera jovial. Numa fase posterior, esta atitude de festividade perante a morte sofre alterações, possivelmente pela influência da arte grega do período clássico, e as figuras (onde passam a integrar também os demónios da morte) ganham uma nova atitude pensativa e de incerteza perante o final da vida.


Além de uma grande variedade de artes decorativas os etruscos desenvolveram também a construção arquitectónica da qual muito pouco sobreviveu. Modelos à escala permitem ter uma ideia do templo religioso (com base de pedra, estrutura de madeira e revestimento em barro na arquitrave e beirais) que em grande parte se assemelharia ao grego simples, mas sem a sua elegância: pelo lado sul e subindo os degraus do podium ganhava-se acesso a um pórtico com duas filas de quatro colunas cada e consequentemente à cella no seu interior.
Construiram também palácios, edifícios públicos, aquedutos, pontes, esgotos, muralhas defensivas e desenvolveram projectos de urbanismo onde a cidade se articulava a partir de um centro resultado da intersecção das duas vias principais (cardo, sentido norte-sul e decumanos, sentido este-oeste).
Também importante de referir é a utilização do arco de volta-perfeita (semi-círculo) a novas tipologias que não sejam as de carácter puramente utilitário, como já tinha acontecido anteriormente na Mesopotâmia, Egipto e naturalmente na Grécia, como em túmulos, outras estruturas subterrâneas ou portas de cidades. Agora, pela primeira vez, o arco surge inserido no vocabulário das ordens arquitectónicas gregas.


Linha temporal
800-650 a.C.: cunho oriental. Devido às trocas culturais entre as civilizações do Mediterrâneo, especialmente a civilização grega, a arte etrusca era semelhante à arte grega.
650-500 a.C.: influência jónica e coríntia. Alto desenvolvimento da pintura.
500-300 a.C.: apogeu; ainda demarcada influência grega. Devido às turbulências internas, a arte se reduz.
300-100 a.C.: fase tardia; absorção romana.

Extraído de: Wikipédia.

Links úteis:



Arquitectura romana



Texto em galego:
Os romanos adoptaron a linguaxe externa da arquitectura grega para os seus propios propósitos, os cales eran tan diferentes dos edificios gregos que acabaron por crear un novo estilo arquitectónico, aínda que os dous estilos son frecuentemente considerados parte da arquitectura clásica.
A diferenza entre a arquitectura grega, e a romana é esencialmente práctica, carente do sentido relixioso que tivo a grega, o carácter militar da arquitectura romana ponse de manifesto no desenvolvemento das urbes, baseadas na organización dun campamento militar, onde os seus eixos principais se cortan en cruz e os secundarios, paralelos a estes, forman unha cuadrícula. No centro está o foro, a praza principal, xeralmente rectangular, arrodeada de pórticos e edificios civís e relixiosos.
A actividade arquitectónica dos romanos caracterízase polo uso e perfeccionamento das técnicas do gregos pero tamén dos etruscos, utilizaron como materiais de construción o tixolo e o morteiro, o que lles permitiu realizar construcións colosais. O arco e a bóveda etrusca foron os sistemas construtivos básicos, combinados coa estrutura adintelada grega.
Os edificos públicos máis importantes no mundo romano eran o teatro, o anfiteatro, as termas, as palestras, o acueduto e o templo. De enorme importancia para a conservación do imperio foi a construción de calzadas e pontes.
Extraído de: Wikipédia.
Links úteis:
http://www.historiadaarte.com.br/arteromana.html
http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=42
http://www.nomismatike.hpg.ig.com.br/ImpRomano/ArteRomana.html
http://www.tecnet.pt/portugal/ref/49129.html
http://www1.ci.uc.pt/iauc/ens/uamr_3s.pdf
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_da_Roma_Antiga

Bruno Zevi


Bruno Zevi (Roma, 22 de Janeiro de 1918 — Roma, 9 de Janeiro de 2000) foi um arquitecto italiano bastante importante no contexto da teorização e introdução da historiografia da arquitectura moderna. Durante o período fascista, B. Zevi exilou-se nos EUA e lá recebeu fortes influências da arquitectura orgânica e, principalmente, de Frank Lloyd Wright. Quando retornou a Itália, ajudou a difundir o ideário desta linha de pensamento naquele país. Foi autor de diversos livros célebres sobre a arquitectura, incluindo Saber ver a arquitectura, publicado também em português. Nesta obra B. Zevi ensina, de forma pioneira, um modo criterioso e justificado de ler a arquitectura, a valorizar os aspectos que são mais típicos nesta disciplina artística, como o espaço, as volumetrias, as estruturas e a leitura de fachadas, com o jogo de luz/sombra e os ritmos dados pela repetição (ou alternância) de determinados elementos.

Links úteis:

BASÍLICA DE S. PEDRO EM ROMA (11º ANO)




A Basílica de São Pedro (em italiano: San Pietro in Vaticano) é uma grande basílica na Cidade do Vaticano, em Roma. Cobre uma área de 23000 m² e pode albergar mais de 60 mil pessoas. A construção começou em 1506 e terminou em 1626 sendo parcialmente erguida com dinheiro angariado pela venda de indulgências (ver Papa Leão X). O edifício atual, com estrutura renascentista e barroca, foi erguido sobre outro edifício levantado por ordem do imperador Constantino em (319)sobre o túmulo do apóstolo São Pedro, como memorial. A escolha do sítio e a inclusão do túmulo não só exigiu que o edifício fosse orientado para oeste, mas também que a necrópole antiga fosse aterrada, sendo construídas muralhas de suporte para criar uma enorme base que servisse como alicerce. Na plataforma, construiu-se então a basílica, com nave central e quatro naves laterais, ricamente adornada com afrescos e mosaicos e um grande átrio dianteiro, com colunas. Muitas vezes alterado e restaurado, o edifício de Constantino, conhecido como velha igreja de São Pedro, sobreviveu até o início do século XVI. No pontificado de Júlio II (1503 a 1513) decidiu-se afinal derrubar a igreja velha e em 18 de abril de 1506 Bramante recebeu o encargo de desenhar a nova. Seus planos eram de um edifício centralmente planificado, com um domo colocado sobre o centro de uma cruz grega (com braços de idêntico tamanho), forma que correspondia aos ideais da Renascença por copiar a de um mausoléu da antiguidade.
Um século mais tarde o edifício ainda não estava completado. A Bramante sucederam, como arquitetos, Rafael, Fra Giocondo, Giuliano da Sangallo, Baldassare Peruzzi, Antonio da Sangallo. O Papa Paulo III (pontificado de 1534-1549) em 1546 entregou a direção dos trabalhos a Michelangelo. Este, aos 72 anos, deixou-se fascinar pela cúpula, concentrando nela os seus esforços, mas não conseguiu completá-lo antes de sua morte em 1564. O zimbório é visível de toda a cidade de Roma, dominando seus céus. Tem diâmetro de 42 m, ligeiramente menor ao domo do Panteão, mas é mais imponente por ser muito mais alto, com 132,5 m. Graças a seus planos e a um modelo em madeira, por seu sucessor Giacomo della Porta foi capaz de terminá-lo com ligeiras modificações, apenas. O modelo segue o da famosa cúpula que Brunelleschi ergueu na catedral de Florença e cria impressão de grande imponência. A diferença é que, ao contrário do que Michelangelo planejou, não se trata de uma cúpula semicircular mas afunilada, criando um movimento de impulso para cima até culminar na lanterna cujas janelas, inseridas em fendas entre duas colunas, deixam a luz inundar o interior. Terminada em 1590, ainda é uma das maravilhas da arquitetura ocidental. Vignola, Pirro Ligorio, Giacomo della Porta continuaram os trabalhos na basílica. Mudanças na liturgia, introduzidas pelo Concílio de Trento, fizeram necessárias outras mudanças sob o pontificado do Papa Paulo V (1605 a 1621), que encarregou Carlo Maderno de aumentar para o leste o edifício, aumentando a nave e criando assim uma cruz latina. Completou também em 1614 a famosa fachada. O Papa Urbano VIII dedicou a nova igreja em 18 de novembro de 1626, precisamente 1.300 anos depois da data em que a primeira basílica fora dedicada. Em 1629, Gian Lorenzo Bernini, agora o arquiteto principal, começou a construir as torres sineiras na fachada, que ruiram por deficiências estruturais. Trinta anos mais tarde Bernini redesenharia a Praça de São Pedro, mudando alguns aspectos do domo de Michelangelo e, sobretudo, unificando todos os edifícios em um conjunto harmonioso.


Extraído de: Wikipédia.


Links úteis relativos a este assunto:
http://www.meucat.com/maps/geramap.php?dyn=s&lat=41.902181&lon=12.455664&zoom=17&tit=Praca+Sao+Pedro+-+Vaticano













sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Aulas power point do 11º ano

Links para power points do 11º ano:
arquitectura do renascimento
http://www.arquivoweb.net/arquivo.php?id=7772863
escultura do renascimento:
http://www.arquivoweb.net/arquivo.php?id=1577576
pintura renascentista:
http://www.arquivoweb.net/arquivo.php?id=9873249
Manuelino:
http://www.arquivoweb.net/arquivo.php?id=3329741
Maneirismo:
http://www.arquivoweb.net/arquivo.php?id=1887045
Cultura do Palco:
http://www.arquivoweb.net/arquivo.php?id=5403956

Aulas power point do 10º ano (cultura do senado)

Links para os power points:
arquitectura romana:
http://docs.google.com/Presentation?id=dgxc939_0g2fp7ncg
escultura romana:
http://docs.google.com/Presentation?docid=dgxc939_47f5cw3xcx#
pintura romana (ATENÇÃO- FOI REMODELADO):

https://docs.google.com/present/edit?id=0AU8WJn7i1JrVZGd4YzkzOV85NGczbmJja2M5&hl=en

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Vitrúvio e a arquitectura romana


Marcos Vitrúvio Polião, em latim Marcus Vitruvius Pollio, foi um engenheiro e arquitecto romano que viveu no séc. I a.C. e deixou como legado a sua obra em dez cadernos, aos quais deu o nome de De Architectura (aprox. de 40 a.C.) que constitui o único tratado europeu do período greco-romano que chegou aos nossos dias e serviu de fonte de inspiração a diversos textos sobre construções, hidráulicas e arquitectónicas desde a época do renascimento. Os seus padrões de proporções e os seus princípios arquitecturais, utilitas, venustas e firmitas (utilidade, beleza e solidez), inauguraram a base da arquitectura clássica. Ver: "Vitrúvio, Tratado de Arquitectura" Tradução do latim para português, introdução e notas por M. Justino Maciel (http://www.istpress.ist.utl.pt/lvitruvio.html )

Guia de como responder a um teste

1- Leia rapidamente todas as questões e procure ter em conta a importância e dificuldades de cada uma.
2- Divida o tempo de modo a que possa responder convenientemente a todas as questões: a) deixe mais tempo para as questões mais importantes ou mais difíceis; b) deixe algum tempo para uma revisão final
3- Analise cada questão e decida: a) o que tem de responder; b) o que não tem de responder; c) leia os documentos e observe as imagens e integre o seu conteúdo nas respostas
4- Em cada questão, as palavras-chave (verbos) indicar-lhe-ão a direcção da resposta (exs: compare, analise, justifique...)
5- Organize cada resposta antes de começar a escrever, anotando e organizando os tópicos
6- Cuide da ortografia e da caligrafia
7- Em geral, deve procurar: a) definir os termos mais importantes (ex: humanismo); b) usar termos técnicos e vocabulário aprendido nas aulas; c) ser específico e evitar divagações; d) citar os autores quando possa e seja conveniente; e) não se limite a repetir de memória - pense por si mesmo
8- Uma boa resposta mostrará se: a) entendeu a questão; b) tem suficientes conhecimentos de factos, teoriais ..., relacionados com a questão; d) sabe distinguir factos relevantes de irrelevantes; e) sabe organizar bem a resposta; f) sabe expressar-se com clareza; g) raciocina e possui espírito crítico; h) é original quando a questão se presta a isso.
Bom trabalho!

Metodologia dos trabalhos de grupo 10º ano

METODOLOGIA DOS TRABALHOS DE PESQUISA DE GRUPO

OBJECTIVOS
Desenvolver competências de trabalho em equipa
Adquirir hábitos de observação e de descrição de obras de arte
Desenvolver um espírito crítico/analítico perante o património artístico
Reconhecer a multiplicidade de leituras do objecto artístico
Aplicar conhecimentos adquiridos em novas situações
Aprofundar temas e conceitos gerais mediante o estudo concreto da arte local/regional
ACTIVIDADES
Constituição de grupos de trabalho com 4 elementos
Elaboração do trabalho de acordo com as seguintes etapas:
- Construção de um plano de trabalho para o grupo
- Ida ao local, recolha de informação escrita e visual (registos gráficos e fotográficos)
- Preenchimento de fichas de observação
- Pesquisa bibliográfica e na internet sobre o objecto de estudo e o tema artístico e época em que se enquadra
- Redacção do trabalho de acordo com as regras de apresentação formal
Entrega do trabalho dentro do calendário previsto
Apresentação oral do trabalho ao resto da turma, em aula, suportada com projecção de imagens relativas ao objecto de estudo
AVALIAÇÃO
A avaliação recai sobre os seguintes parâmetros:
- Adequação dos trabalhos às regras enunciadas
- Qualidade da apresentação formal e visual
- Qualidade linguística do texto escrito (incluindo o uso de vocabulário específico)
- Cumprimento dos objectivos do trabalho e da abordagem escolhida sobre o tema
A classificação incide sobre a apresentação escrita e a apresentação oral do trabalho. Uma classificação geral do trabalho (CG) será comum a todos os elementos do grupo; uma classificação específica (CE) incidirá sobre a participação de cada elemento (com base no desempenho durante a apresentação oral). A classificação final (CF) de cada aluno será o resultado da média entre a CG e a CE.
CALENDÁRIO
1º período lectivo: constituição de equipas; entrega de uma folha com os nomes e números dos alunos e indicação do nome do porta-voz do grupo; identificação do tema de trabalho (obra de arte/monumento; localização, etc.); ida ao local do objecto de estudo e primeira recolha de informação escrita e visual elaboração;
Até final de Novembro: entrega do plano de trabalho por cada grupo, com Bibliografia proposta.
Até final de Fevereiro: apresentação do 2º relatório do andamento dos trabalhos (máx: 2 pp. A4)
Final do 2º período lectivo: entrega do trabalho escrito
3º período: apresentação oral à turma e avaliação do trabalho
REGRAS PARA A APRESENTAÇÃO FORMAL DO TRABALHO
O trabalho escrito deverá ter a seguinte estrutura física:
Suporte – capa grossa e argolas; tamanho A4
Folha de rosto (ver modelo em anexo)
Paginado e impresso (em word, letra normal times new roman, 12, espaço e meio de intervalo)
Mínimo e máximo de páginas de texto – 15 a 25 (a bibliografia e os anexos não entram nesta contagem)
Índice – indicação dos capítulos do trabalho e da pág. onde cada um começa (ver modelo em anexo)
Introdução (máx. de 1 pág.) – exposição do tema, objectivos, questões e dificuldades centrais, métodos de trabalho e limitações do trabalho
Corpo do texto – desenvolvimento do trabalho com divisão em capítulos, de acordo com os assuntos tratados
Conclusões – (1 pág.) – referem-se as ideias principais que foram desenvolvidas ao longo do trabalho, apresentam-se hipóteses ou conclusões sobre o estudo efectuado
Bibliografia – lista ordenada alfabeticamente das obras (livros e revistas)
consultadas para a elaboração do trabalho (ver modelo anexo); também se referem
os sites consultados na internet
Anexos – nos anexos colocam-se os documentos visuais e escritos que clarificam as
ideias do trabalho. Para cada tipo de documentos existe um anexo: anexo 1
(fotografias); anexo 2 (plantas e alçados – só no caso da arquitectura); anexo 3
(desenhos, esquemas, etc.); anexo 4 - outros
MÉTODO DE TRABALHO
- elaboração de um plano de acção e divisão das tarefas pelos membros do grupo
- visita do local onde se encontra o objecto de estudo e observação do monumento e da sua decoração
- registo de informação em fichas de observação
- registo de imagem em fotografia
- registo de pormenores / esquemas em papel e lápis
- pesquisa de bibliografia no centro de recursos da Escola, nas Bibliotecas, na Internet
- registo dos dados colhidos nos livros ou na Internet
- elaboração do texto do trabalho
- elaboração dos anexos do trabalho
- leitura crítica e revisão final do trabalho
- elaboração de um esquema para a apresentação oral à turma, com indicação das participações de cada elemento e controlo do timming
- elaboração de diapositivos, transparências ou apresentação em power point para a apresentação oral à turma
EXEMPLO DE CITAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
XAVIER, Pedro do Amaral (2001). A Morte, Símbolos e Alegorias: estudos iconográficos sobre arte portuguesa e europeia. Lisboa: Livros Horizonte.



ANEXO 1: MODELO DE FOLHA DE ROSTO (o tema é apenas um exemplo)


ESCOLA SECUNDÁRIA ARTÍSTICA ANTÓNIO ARROIO

HISTÓRIA DA CULTURA E DAS ARTES
(times new roman 16)




A SÉ DE LISBOA

(times new roman 18 negrito)



TRABALHO DE GRUPO
(times new roman 16)


Turma : ____ Ano: _____

Alunos:

_______________
_______________
(nomes e números)



Nome do Professor:
_______


Lisboa, data
(estes últimos em times new roman 14)


Anexo 2: MODELO DE ÍNDICE





A SÉ DE LISBOA



ÍNDICE



Págs.
Introdução......... 3

1. A arquitectura românica em Portugal (breve perspectiva)........4
2. A história do edifício................................ 7

3. Análise descritiva da sua arquitectura..................... 10

3.1 As estruturas............................ 10

3.2 O espaço...................... 14

4. Análise descritiva da sua decoração.................. 18

4.1 Escultura aplicada à arquitectura...................... 18

4.2 Pintura.................... 21

4.3 Vitrais..................... 23

Conclusões ...................... 25

Bibliografia ............... 26

Anexos ................. 28

Anexo 1 – Fotografias.............29

Anexo 2 – Plantas e alçados.............33

Anexo 3 – Desenhos de pormenores........ 35

Instruções para os relatórios em HCA

INSTRUÇÕES PARA OS RELATÓRIOS
DE VISITAS DE ESTUDO E DAS FASES DE ANDAMENTO DOS TRABALHOS DE GRUPO

Relatório dactilografado ou processado em computador, letra arial ou times new roman, tamanho 12, espaçamento 1,5 entre linhas.
A capa pode ser a primeira folha do relatório a servir directamente de rosto, ou, se o aluno preferir, uma capa artisticamente trabalhada.
1ª folha: identificação da escola, disciplina, professor, ano lectivo, turma, ano de escolaridade, número e nome do aluno; título do relatório, destinos da visita de estudo e data de sua realização OU identificação do objecto de estudo do trabalho.
2ª folha: índice do relatório com os nºs, títulos e págs. de início dos capítulos.
O relatório será dividido em partes/capítulos, de acordo com os assuntos tratados.
No final, os Anexos: textos de apoio, se os houver (listagens bibliográficas, etc.) e ilustrações (fotos, plantas arquitectónicas, desenhos).

domingo, 6 de janeiro de 2008

A Cultura do Palácio (11º): Introdução

A Cultura do Palácio é a designação da unidade temática de HCA que abrange o período da história cultural e artística europeia desde o princípio do século XV aos finais do século XVI. Em termos estilísticos, este período cobre o Renascimento e o Maneirismo. Contudo, não se trata apenas de uma abordagem dos estilos artísticos. O programa da disciplina procura chamar a atenção para as grandes transformações culturais (e mentais) que se operaram na época, sobretudo das elites políticas e intelectuais, e as mudanças do seu gosto e das técnicas no campo das artes.
Renascimento: foi uma revolução cultural?
Eugénio Garin escreveu um livro em que propunha abordar o Renascimento como um fenómeno de revolução cultural, em vasta escala, iniciado em Itália. Hodiernamente, esta ideia caiu em desuso, pois parece mais aos historiadores que os progressos alcançados neste período (séculos XV e XVI) se devem a um conjunto gradual de mudanças ocorridas na Europa em geral, e em Itália em particular, o que permitu o eclodir, num dado momento, das produções culturais e artísticas que chamamos de Renascimento. Assim, será possível compreender as obras de Dante, de Boccaccio, de Giotto ou mesmo a família Pisano, antes do tempo formal do Renascimento. Renascimento ou Renascimentos?
Esta questão relaciona-se com uma outra, colocada por alguns historiadores da arte e iconógrafos, e com os quais concordamos: artistas como Giotto ou os Pisano são muitas vezes qulaificados, dos pontos de vista técnico e estilístico, como proto-renascentistas, dado apresentarem, de forma sistemática na sua obra, características que anunciavam a essência de algumas temáticas próprias do renascimento.
Renascimento: só em Itália?
H. W. Janson na sua já clássica História da Arte colocou muito bem a questão da geografia do renascimento, no início do capítulo dedicado a este período artístico, onde se refere à comparação com o gótico final e à situação da pintura flamenga no século XV. De facto, embora a recolha de elementos formais e temáticos da antiguidade romana levada a cabo pelos artistas italianos seja um facto sui generis, a verdade é que os flamengos buscam já, no século XV e a partir, sensivelmente de J. van Eyck, soluções formais e técnicas que revelam um espírito humanista e de conquista da realidade, patente na técnica descritiva ao pormenor, na individualização dos rostos, no retrato psicológico ou na representação das perspectivas linear e aérea. Este facto leva-nos a pensar que a categoria "renascimento", aplicada às artes e sem o espartilho do revivalismo clássico, pode abranger mais do que a península itálica. Como Rio de Carvalho lhe chamou, não sei se de forma pioneira, a pintura flamenga quatrocentista constituiu uma via alternativa ao renascimento italiano, e pode muito bem ser estudada paralelamente a este. Contudo, os autores do programa de HCA não viram as coisas deste modo e optaram por incluí-la, simplesmente, na arte do gótico final. Na opinião de Manuel C. Mendes Atanázio, pelas mesmas razões apontadas, a arquitectura manuelina poderia também ser encarada como uma solução formal alternativa ao renascimento, no primeiro quartel do século XVI em Portugal.
Sobre estes assuntos ver:
- E. Panofsky. 1981. Renascimento e Renascimentos na Arte Ocidental. Lisboa: Presença.
- H. W. Janson. 1984. (3ª ed.) História da Arte. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
- M. C. Mendes Atanázio. 1984. A Arte do Manuelino. Lisboa: Presença.

Como pode este blog ajudar-te?

Fundamentalmente, este blog irá servir as minhas turmas do 10º. Contudo, existem matérias presentes que se destinam a ajudar os alunos do 11º ano, e essas serão assinaladas no fim de cada título com o sinal (11º). Os alunos do 10º ano deverão esperar encontrar aqui materiais sobre os Módulos "Inicial", "A Cultura da Ágora" (Grécia Antiga), "A Cultura do Senado" (Roma Antiga) e "A Cultura do Mosteiro" (Românico).