sexta-feira, 26 de setembro de 2008

OS MUSEUS DOS NOSSOS DIAS

Legenda: direita - Museu de Serralves; esquerda - sala "clássica" de museu

A maioria dos museus europeus (sobretudos portugueses) é ainda uma reformulação de antigos imóveis descaracterizados e disfuncionais. Contudo, nem sempre existem verbas ou vontade política para construir espaços museológicos apropriados, de raiz. Mas porquê esta necessidade de projectar edifícios mais complexos, propositadamente adaptados às necessidades dos promotores de eventos públicos? Será que um museu não é, simplesmente, um local onde se arrumam em prateleiras ou paredes alguns objectos e antiguidades? CLARO QUE NÃO! Os mais actuais exemplos disso serão os Museus Guggenheim de Bilbao e o edifício em Nova York, ambos da autoria de Frank Ghery e de Frank Lloyd Wright, respectivamente. Em Portugal, dois dos casos recentes mais paradigmáticos são o Centro Cultural de Belém e o Museu de Arte Contemporânea de Serralves (sítio: http://www.serralves.pt/ ), este da autoria de Siza Vieira.
Hoje em dia, os museus não vivem apenas das suas exposições permanentes, pois necessitam de dispor de infraestruturas adaptadas à cada vez maior circulação de obras de arte no mercado internacional de exposições artísticas. Novas necessidades culturais, novas exigências sociais, novos públicos levam a considerar o museu como um organismo vivo e actuante em múltiplas facetas da vida comunitária. Para além da função de exibição, os museus modernos rentabilizam os seus espaços, descobrindo outras soluções para mostrar trabalhos de carácter mais experimentalista e analítico, organizando exposições temáticas, seminários, cursos, oficinas de trabalho, concertos e festas culturais. A própria arquitectura do museu, planeada em função destas exigências, propõe, hoje em dia, soluções espaciais que estimulam o olhar crítico do espectador, o clima didáctico e simultanemante lúdico que uma visita a uma exposição deve respeitar. Dá-se uma verdadeira complementariedade de equipamentos e de requisitos técnicos e espaciais, lojas, livrarias, restaurantes, gabinetes de estudo, de conservação e de restauro, bibliotecas e videotecas, áreas de manutenção e armazéns...

Graças à cooperação entre museus e ao financiamento dos mecenas, é possível criar redes de cedências temporárias de colecções normalmente guardadas a "sete chaves" nos seus museus de origem.

Nenhum comentário: