sexta-feira, 21 de novembro de 2008

PPT TEATRO GREGO

http://www.mediafire.com/file/gntzvjezmej/O TEATRO GREGO.ppt

PPT GRÉCIA RESTAURADA

http://www.mediafire.com/file/ogzcqmmodyj/grecia restaurada.ppt

PPT CULTURA ÁGORA

http://www.mediafire.com/file/ogzcqmmodyj/grecia restaurada.ppt

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Ficha sobre Péricles e a democracia ateniense


NOTA: Lê com atenção as páginas 32 e 33 do Manual antes de responderes.

1. Indica as datas de nascimento e de morte de Péricles. 2. Identifica a origem social de Péricles. 3. Clístenes foi tio-avô de Péricles. Procura na pág. 23 do teu Manual o papel que aquele familiar teve na história política de Atenas e regista-o. 4. Identifica o cargo político que Péricles ocupou e as funções que lhe cabiam. 5. Enuncia os objectivos políticos de Péricles. 6. Identifica os autores das críticas maliciosas dirigidas a Péricles. 7. Identifica as três grandes medidas que Péricles tomou no comando de Atenas. 8. Explica os mecanismos em que assentava a participação efectiva dos cidadãos atenienses na vida política da sua cidade. 9. Identifica as limitações à democracia ateniense e o facto histórico que está na sua origem. 10. Indica a grande obra civil que Péricles promoveu em Atenas. 11. Identifica as quatro virtudes que o historiador Tucídides atribuiu a Péricles.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

VERBOS MAIS USADOS NOS TESTE DE HCA

SIGNIFICADO DOS VERBOS MAIS USADOS NOS TESTES
E NAS FICHAS DE TRABALHO

Os verbos usados na redacção das questões correspondem a objectivos cognitivos de diversos graus de complexidade. Conhecer o significado desses verbos auxilia a compreensão da questão e facilita a execução da resposta.

I – VERBOS QUE REQUEREM TAREFAS SIMPLES

ü ASSINALA - marcar cruz ou outro sinal em espaço para o efeito; distinguir, especificar
(ex: “Assinala com uma cruz a alínea correcta, em cada item.”)

ü ASSOCIA – relacionar elementos apresentados; associar ideias
(ex: “Associa as personalidades da coluna da esquerda aos respectivos factos da coluna da direita.”)

ü COMPLETA / PREENCHE – acabar de preencher; completar espaços ou textos com informações
(ex: “Completa a frase da forma mais correcta que te for possível.”)

ü DISPÕE – organizar elementos segundo uma dada ordem, forma ou critério
(ex: “Dispõe no quadro abaixo os nomes dos artistas nas respectivas colunas de actividades.”)

ü ELEGE – escolher certos elementos ou informações dentre várias; distinguir conjuntos de ideias ou factos; nomear factos ou critérios sem grande minúcia
(ex:”Elege três factores de inovação na estatuária grega.”)

ü ENUMERA – o mesmo que Enuncia; relatar ou especificar dados, pela respectiva ordem de prioridade
(ex:” Enumera as consequências da Peste negra na produção artística.”)

ü ENUNCIA – fazer lista dos elementos pedidos; expor dados
(ex: “Enuncia os estilos de pintura pompeiana.”)

ü IDENTIFICA – atribuir nomes aos elementos; listar elementos de forma resumida
(ex: “Identifica os factores da romanização da Península Ibérica.”)
(Atenção: em certos casos o verbo Identificar pode pedir tarefas complexas – ver II Parte)

ü INDICA / REGISTA – prestar/mostrar/escrever informações
(ex: “Indica as datas de nascimento e de morte de Miguel Ângelo.”)

ü RELATA – o mesmo que Enumera; expor factos ou fenómenos
(ex: ”Relata as fases da peste negra na Europa do século XIV.”)

ü SELECCIONA – escolher elementos dentre um dado conjunto, de acordo com um dado critério
(ex: “Com base no texto nº1, selecciona as ideias centrais do autor sobre a sociedade feudal.”)


II – VERBOS QUE REQUEREM TAREFAS COMPLEXAS

ü ANALISA – examinar, criticar certo documento escrito ou visual, situação ou quadro histórico identificado; o mesmo que Comenta
(ex: “Analisa a obra de arte da Fig.1.”)

ü AVALIA – realizar juízo de valor apresentando critérios, fazer balanço final de situação ou fenómeno histórico ou artístico, sintetizar com espírito crítico
(ex: “ Avalia o impacto do humanismo na cultura artística do renascimento.”)

ü CARACTERIZA – descrever com exactidão, individualizar casos ou situações, enunciando as suas características próprias; o mesmo que Descreve
(ex: “ Caracteriza a estatuária grega do período clássico.”)

ü COMENTA – o mesmo que Analisa; interpretar, explicar, criticar, esclarecer o significado de certa ideia, documento, obra de arte ou situação
(ex: “ Comenta o texto nº 2.”)

ü COMPARA – estabelecer semelhanças e diferenças entre casos, situações, etc., com base nas suas características
(ex: “Compara a decoração arquitectónica do gótico inicial com a do gótico internacional.”)

ü CONTEXTUALIZA – inserir em contexto; enquadrar casos particulares em situações ou processos históricos apropriados
(ex: “Contextualiza a seguinte afirmação de S. Bernardo sobre a decoração das igrejas românicas: ....”)

ü DEFINE – explicar o significado de algo; demarcar os limites de um conceito
(ex: “ Define romanização.”)

ü DESCREVE – expor os traços/características de algo ou alguém; o mesmo que Caracteriza
(ex: “Descreve as principais inovações formais da escultura grega face à escultura egípcia.”)

ü DISTINGUE – diferenciar, comparar e/ou descriminar situações, obras ou conceitos
(ex: “Distingue duas técnicas de pintura em uso em Itália no final do século XV.”)

ü EXPLANA – expor com minúcia, esclarecer, explicar de forma desenvolvida certa documento, conceito ou facto pedido
(ex: “Explana o conceito de perspectiva presente no terceiro estilo pompeiano.”

ü EXPLICA – justificar as causas de algo; tornar inteligível ou interpretar certo documento, conceito, facto apresentado
(ex: “ Explica o renascimento das cidades a partir dos séculos XII-XIII.”)

ü INTEGRA – tornar completo o sentido de um documento, conceito ou facto apresentado à luz de informações mais gerais; o mesmo que Contextualiza
(ex: “Integra o documento nº1 no âmbito do movimento da contrarreforma.”)

ü INTERPRETA – tornar claro, comentar, traduzir, explicar criticamente uma ideia, obra ou facto apresentado
(ex: “Interpreta a Fig. nº1 à luz da prédica mendicante.”)

ü JUSTIFICA – demonstrar ou fundamentar dados, legitimar obra, conceito ou facto à luz de um raciocínio, demonstração de evidências, etc.
(ex: “Justifica as três variantes do retrato imperial romano.”)

ü RELACIONA – estabelecer relação entre algo, confrontar situações, conceitos ou factos apresentados
(ex: “Relaciona o culto do mortos com a arte romana do retrato.”

ü RESUME – condensar as ideias de um documento; sintetizar factos ou conceitos
(ex: “Resume, num máximo de 15 linhas, as principais ideias do texto nº1.”)

ü SINTETIZA – condensar criticamente conjuntos de factos ou conceitos
(ex: “Sintetiza, num máximo de 20 linhas, o espírito religioso presente no portal românico da Glória em Santiago de Compostela.”)

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

OS MUSEUS DOS NOSSOS DIAS

Legenda: direita - Museu de Serralves; esquerda - sala "clássica" de museu

A maioria dos museus europeus (sobretudos portugueses) é ainda uma reformulação de antigos imóveis descaracterizados e disfuncionais. Contudo, nem sempre existem verbas ou vontade política para construir espaços museológicos apropriados, de raiz. Mas porquê esta necessidade de projectar edifícios mais complexos, propositadamente adaptados às necessidades dos promotores de eventos públicos? Será que um museu não é, simplesmente, um local onde se arrumam em prateleiras ou paredes alguns objectos e antiguidades? CLARO QUE NÃO! Os mais actuais exemplos disso serão os Museus Guggenheim de Bilbao e o edifício em Nova York, ambos da autoria de Frank Ghery e de Frank Lloyd Wright, respectivamente. Em Portugal, dois dos casos recentes mais paradigmáticos são o Centro Cultural de Belém e o Museu de Arte Contemporânea de Serralves (sítio: http://www.serralves.pt/ ), este da autoria de Siza Vieira.
Hoje em dia, os museus não vivem apenas das suas exposições permanentes, pois necessitam de dispor de infraestruturas adaptadas à cada vez maior circulação de obras de arte no mercado internacional de exposições artísticas. Novas necessidades culturais, novas exigências sociais, novos públicos levam a considerar o museu como um organismo vivo e actuante em múltiplas facetas da vida comunitária. Para além da função de exibição, os museus modernos rentabilizam os seus espaços, descobrindo outras soluções para mostrar trabalhos de carácter mais experimentalista e analítico, organizando exposições temáticas, seminários, cursos, oficinas de trabalho, concertos e festas culturais. A própria arquitectura do museu, planeada em função destas exigências, propõe, hoje em dia, soluções espaciais que estimulam o olhar crítico do espectador, o clima didáctico e simultanemante lúdico que uma visita a uma exposição deve respeitar. Dá-se uma verdadeira complementariedade de equipamentos e de requisitos técnicos e espaciais, lojas, livrarias, restaurantes, gabinetes de estudo, de conservação e de restauro, bibliotecas e videotecas, áreas de manutenção e armazéns...

Graças à cooperação entre museus e ao financiamento dos mecenas, é possível criar redes de cedências temporárias de colecções normalmente guardadas a "sete chaves" nos seus museus de origem.

O MUSEU: A RENOVAÇÃO DE UM ESPAÇO CULTURAL


Legenda
Esquerda - Museu do Louvre (Paris) com a sua impressionante e simbólica priâmide de vidro, que acolhe os visitantes. Se tens curiosidade, acede ao sítio do Museu do Louvre; é bastante pedagógico e divertido:
Direita - Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa, que recebe um espólio principalmente de pintura. Acede ao seu sítio: http://www.mnarteantiga-ipmuseus.pt/
*****
Quando alguém quer ver arte, dirige-se geralmente a uma galeria ou a um museu. Parece uma actividade simples, mas de facto não é. Nem sempre existiram museus, pelo menos como os entendemos actualmente. Até sensivelmente ao séc. XVIII, a Igreja, a Coroa e os grandes (nobres e burgueses) eram detentores de enorme e valiosas colecções de arte, tesouros e raridades arqueológicas que decoravam as suas igrejas, mosteiros, palácios e gabinetes particulares. Com o surgimento do liberalismo no séc. XIX, muitas colecções de famílias reais, por decisão dos próprios monarcas e príncipes ou por decisão dos parlamentos, passaram a constituir acervos públicos. O famoso Museu do Louvre, em Paris, tornou-se museu na república francesa em 1793 e muitos outros edifícios de destaque na Europa receberam esse destino.

Em Portugal, a extinção das ordens religisoas nos princípios do séc. XIX após a revolução liberal de 1820 fez com que muitos dos bens da Igreja passassem para as mãos do estado e de particulares, constituindo, hoje em dia, um dos mais ricos espólios artísticos nacionais. Foi então que os governos abriram ao público em geral as vastas colecções de arte, até à data apenas uma regalia dos mais privilegiados. Actualmente, para além dos grandes museus nacionais, que reúnem colecções ímpares de valor cultural à escala internacional, muitos outros museus abrem por iniciativa camarária ou de particulares e de fundações. Algumas destas colecções foram disponibilizadas por grandes colecionadores e mecenas. Estas fundações adquiriram um rápido e activo papel cultural e educativo junto das populações, tendo uma projecção internacional evidente graças ao intercâmbio de colecções, às actividades científicas e às bolsas de estudo concedidas a artistas e académicos.
A primeira função de um museu de arte é a de conservar e expôr obras para apreciação e educação do público em geral. Obviamente, esta segunda função criou uma panóplia de serviços edcuativos que actuam especialmente junto das escolas e do público mais juvenil, incluindo ateliês didácticos. Também organizam palestras, exposições temporárias e outros eventos como espectáculos.
Para além dos museus de arte existem os museus arqueológicos, científicos, culturais e históricos.
Ir ao museu é mais do que procurar cultura: é reconhecer a importância da nossa identidade colectiva!

ARTE E COMUNICAÇÃO

A arte é uma forma de comunicação. É, talvez, a linguagem humana mais essencial, universal e típica do nosso carácter humano.

Mas porque é que as pessoas criam arte? Porque será que alguém se dá ao trabalho de pintar uma tela, esculpir um marfim ou agrupar umas notas musicais numa pauta? Existem inúmeras razões para as pessoas realizarem manifestações artísticas. Podemos incluir as religiosas, políticas, económicas, educacionais, estéticas...


Em qualquer dos casos, as manifestações artísticas podem e devem ser encaradas, antes de mais, como um processo de comunicação. Através das suas produções, os artistas comunicam ideias e emoções, pontos de vista sobre diversas realidades, estabelecendo um discurso com o(s) seu(s) público(s). Para entender uma obra ou manifestação artística, e a mensagem do artista, é preciso conhecer o tema da sua obra, a linguagem usada, a simbologia e a técnica. Ao longo dos séculos, temas similares ou mesmo iguais foram sendo explorados de formas diferentes, o que torna a comunicação artística num fenómeno muito pessoal e epocal, isto é, que recebe características próprias da época em que se insere.


Cada época fundou modos de usar os elementos da arte e do design para comunicar ideias e ideais de forma estética, em certos contextos e funções. Irás descobrir isso ao longo do programa de HCA.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

A FEIRA DE ARTESANATO: ARTE VERSUS ARTESANATO?


Na feira de artesanato, encontramos um pouco de tudo: potes e pratos em barro pintado, brinquedos de madeira, ferros forjados, doces caseiros, mantas e bordados, etc. vai-se à feira com propósitos diferentes daqueles que motivam uma ida a uma galeria de arte. Para já,e xiste um aspecto comum: em ambos os casos existe uma predisposição para apreciar e comprara artigos belos ou, pelos menos, que nos sensibilizem. Então, qual será a diferença?Estará na qualidade dos artigos? Ou, meramente, na sua função? Há quem compre artigos de artesanato, como um pote, só para decoração, tal como quem compra uma tela numa galeria para colocar na parede da sua sala. Contudo, os autores de ambas as peças agem com intenções e procedimentos diferentes.

Substancialmente, pode dizer-se que uma peça de artesanato, embora feita manualmente e de acordo com técnicas mais ou menos ancestrais, é uma reprodução de um modelo repetido vezes sem conta, apropriado pela tradição popular, de uma peça de uso quotidiano. à partida, isso não acontecerá na pintura adquirida na galeria de arte. O autror desta última terá estudado em ambientes escolares e procurou deixar a marca da sua personalidade na obra que executou, tornando-a numa peça ímpar.

Hoje em dia, nas sociedades ocidentais industrializadas, a recorrência ao artesanato nos grandes centros urbanos deixou de ser uma necessidade para se tornar numa opção consciente, de cariz cultural. A dona de casa portuguesa que nos nossos dias prefere um serviço de louça de Alcobaça em detrimento de um serviço mais económico em vidro, mas despersonalizado, produzido numa fábrica algures no globo, poderá estar a escolher um artigo em função de determinados valores de cariz cultural e até mesmo social, ao passo que até cerca de meados do século XX era bem provável que a sua opção fosse a mais viável dado o atraso económico do país na época.

AVALIANDO A ARTE: ARTE E QUOTIDIANO

Se perguntarmos ao mais comum dos mortais o que é a arte e onde se encontra, ele é bem capaz de não saber responder. Estará na igreja, onde reza aos domingos? Estará no jardim municipal? Estará na réplica em plástico da Vénus de Milo que a sua mulher comprou em promoção no hipermercado? Estará na música (que para si é) barulhenta que o seu filho ouve? Estará nos museus que nunca visitou? Ou no castelo de S. Jorge, onde a sua prima deu o copo de água? Ou estará nos passos de dança que a sua filha treina todas as terças-feiras à hora de almoço? Ou, será possível, estará nos pedregulhos que os arquólogos andam a desenterrar nas traseiras da igreja paroquial?

O mais angustiante de tudo é que o mais comum dos cidadãos poderá desconhecer que a arte poderá estar no seu cantar no duche, nos desenhos que os filhos fizeram ou na cafeteira onde serve o café de todas as manhãs...

PRIMEIRAS PERGUNTAS SOBRE ARTE


Qual o papel da cultura artística na formação dos cidadãos e que peso tem a arte no quotidiano das populações? Como poderemos definir cultura artística e o que deveremos incluir nesse conceito? Porque é que a arte é importante e por que razão as pessoas criam e apreciam arte?

Será que ao longo da história os homens colocaram sempre estas questões sobre arte? Aqueles objectos que encontramos nos museus e a que hoje em dia chamamos arte também eram entendidos como tal na sua época? As artes mantêm a sua função original através dos tempos?

Se cada povo e cada época têm um conceito e uma atitude específica perante a arte, ao ponto de produzirem formas, gestos e sons muitas vezes díspares, qual será o denominador comum que nos permite meter no mesmo "saco" as pirâmides egípcias, a estatuária grega, as máscaras africanas, as sedas chinesas, as catedrais medievais, as tapeçarias renascentistas, o teatro de Sheakspeare, a música de Bach, os filmes de Manoel de Oliveira ou um CD dos Queen?

Muitas são as razões pelas quais as pessoas concebem, exibem e desfrutam arte. Ao longo da história da humanidade e em diferentes civilizações, verificamos que as funções da arte vão desde as razões mais práticas de satisfação das necessidades quotidianas como, por exemplo, a produção de vasos de cerâmica, passando pelos motivos religiosos (construção de templos de e imagens de culto) e políticos (propaganda) até às razões puramente estéticas e intelectuais (com exemplos abundantes nas artes contemporâneas). Não se pode, pois, definir arte com base no critério de utilidade. De facto, bem vistas as coisas, toda a arte cumpre uma função concreta, pelo que a torna útil sob uma determinada perspectiva para os indivíduos, grupos sociais e nações.

STOMP



Stomp is a renowned non-traditional dance troupe (originating in Brighton, UK) that uses the body and ordinary objects to create a percussive physical theatre performance. Their musical origins owe heavily to the work of Einstürzende Neubauten and Savage Aural Hotbed. They developed from the London Records band The Yes/No People, who were known for Mr. Johnson and Some Things Are True on the Giant compilation. Since becoming Stomp, they have released music and starred in television commercials. HBO also produced the DVD Stomp Out Loud, which features the group members producing percussion out of normal household items, even in a junk yard. The term may also refer to a distinct sub-genre of physical theatre where the body is incorporated with other objects as a means of producing percussion and movement that has echoes of tribal dance. They appeared on Space Ghost Coast to Coast, where Space Ghost thought the name to be "Artsy Fartsy". The New York cast of Stomp was also featured in the pilot episode of Cyberchase (The Poddleville Case), in show's Cyberchase: For Real live-action epilogue segment hosted by Kareem Blackwell. Early in their career, they performed the theme tune for Blue Peter.
CLICAR AQUI PARA ACEDER AO VÍDEO:
http://www.youtube.com/watch?v=LTahKhYgEb0

EDUARDO DE SOUTO MOURA



Eduardo Souto de Moura (Porto, 25 de Julho de 1952 ) é um arquitecto português. Trabalhou com Álvaro Siza Vieira mas cedo criou o seu próprio espaço de trabalho. Souto Moura influenciado pela horizontalidade das linhas condutoras de Mies van der Rohe, tem nas casas o seu grande espólio de obras.
Formou-se pela Escola Superior de Belas Artes do Porto. Iniciou a sua carreira colaborando no atelier de Álvaro Siza Vieira mas em 1981, recém-formado, surpreendeu a comunidade dos arquitectos vencendo o concurso para o importante projecto do Centro Cultural da Secretaria de Estado da Cultura no Porto (1981-1991) que o viria a lançar, dentro e fora de Portugal, como um dos mais importantes arquitectos da nova geração. O seu reconhecimento internacional viria a reforçar-se com a conquista do 1.º lugar no concurso para o projecto de um hotel na zona histórica de Salzburgo na Áustria em 1987. A partir da Casa em Cascais, realizada em 2002, começa a afastar-se da linguagem miesziana que o definiu numa primeira fase da sua obra e começa a redesenhar a sua forma de construir e criar arquitectura através da complexidade, dinamismo de formas mas sempre com o cuidado do desenho espacial habitual. Exemplo disso é o Estádio Municipal de Braga onde o imaginário de teatro, e o cenário da pedreira onde a obra foi edificada nada nos remetem ás primeiras obras do arquitecto, mas muito mais a uma segunda etapa que dá, agora, os primeiros passos.
Prémios: 1998 - Prémio Pessoa; 2004 - Prémio Secil, pelo Estádio Municipal de Braga.

PAULA REGO






Paula Figueiroa Rego (Lisboa, 1935) é uma pintora portuguesa de grande projecção internacional. Estudou em Londres, na Slade School (1952-56). Desde dos anos 60 que a sua obra é reconhecida em Portugal, mas só em 1981 concretizou a sua primeira exposição individual. Em 1990 chegou a consagração, foi o primeiro artista associado da National Gallery, em coincidência com a adopção de uma nova linguagem figurativa, em que está presente um explícito sentido narrativo, empenhado no comentário crítico sobre a vida e o mundo. Paula Rego é, a par de Vieira da Silva, uma das pintoras portuguesas mais aclamada mundialmente. A artista é representada pela Galeria Marlborough. Esta galeria tem cerca de 130 obras de arte múltipla original da Paula Rego à venda pela Internet. Em Portugal pode adquirir serigrafias da Paula Rego na Galeria de Arte Portuguesa. Paula Rego recebeu o prémio Celpa/Vieira da Silva - Consagração e o Grande Prémio Soquil. Em Junho de 2007 a tela Moth, de 1994, foi vendida por 378.400 libras, 560.032 euros, pela leiloeira Christie's, o valor mais alto de um quadro de Paula Rego.

Cronologia:
1935 – Paula Figueiroa Rego nasce em Lisboa; a família muda-se em 1938 para o Estoril. De 1945 a 51 frequenta a St. Julian School, em Carcavelos.
1952-56 – Estuda pintura na Slade School of Art, em Londres, onde conhece Victor (Vic) Willing, com quem virá a casar. Em 1956 nasce a sua filha Carolina; regressa a Portugal, vivendo até 63 na Ericeira. Dois outros filhos nascem em 59 e em 61.
1961 – Expõe pela primeira vez na II Exposição Gulbenkian, onde as suas colagens são imediatamente notadas.
1962 – Expõe com o London Group, ao lado de jovens artistas como Hockney, Auerbach e Michael Andrews. Paula e Vic compram uma casa em Londres, onde passam a viver durante parte do ano.
1965 – Primeira exposição individual, em Lisboa (SNBA), com imediato sucesso crítico. Roland Penrose selecciona-a para uma exposição de grupo no Institut of Contemporay Art, em Londres.
1967 – Integra a representação de Portugal na Bienal de S. Paulo (e de novo em 1976). É diagnosticada a Vic uma esclerose múltipla, de que morreria em 1988, depois de um período em que se afirmou como um notável pintor.
1976 – Fixa residência em Londres.
1978 – Participa em «Portuguese Art since 1910», na Royal Academy, Londres. Expõe pela primeira vez na Galeria 111.
1981 – Primeira exposição individual em Londres, na Air Gallery, entidade subsidiada pelo Arts Council. Abandona a colagem e retoma a pintura com a série «O Macaco Vermelho». No ano seguinte expõe pela primeira vez numa galeria comercial londrina, a Edward Totah Gallery, 26 anos depois de ter deixado a Slade School.
1983 – Professora convidada na Slade. Exposição «Paitings 1982-3», incluindo a série «Óperas», em Londres, Bristol, Amsterdão e Milão.
1985 – Participa na representação da Grã-Bretanha na Bienal de São Paulo. A Tate Gallery adquire-lhe uma primeira obra. Expõe individualmente em Nova Iorque. Participa na Bienal de Paris.
1987 – Digressão britânica de «Selected Work 1981-86».
1988 – Retrospectiva na Fundação Gulbenkian e na Serpentine Gallery, em Londres.
1989 – Primeira exposição na Marlborough Gal., Londres.
1990 – Primeira artista associada da National Gallery. Itinerância britânica da série de gravuras «Nursery Rhymes» ao longo de cinco anos.
1991 – Itinerância na Grã-Bretanha das «Histórias da National Gallery», mostradas no ano seguinte em Londres e na Gulbenkian.
1992 – «Peter Pan and Other Stories», Marlborough. Publicação de uma longa monografia da autoria de John McEwen, Phaidon Press (tradução portuguesa, ed. Quetzal/111).
1994 – «Mulher Cão», Marlborough; participa em «Here and Now» na Serpentine Gal. e numa mostra de grupo na Saatchi Gallery.
1996 – Expõe na Marlborough de Nova Iorque; participa em «Spellbound: Art and Film», Hayward Gal.
1997 – Retrospectiva na Tate Gallery de Liverpool e no CCB, onde é vista por 62 mil visitantes.
1998 – Expõe na Dulwish Picture Gallery. Participa em «L'École de Londres», Museu Maillol, Paris.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

AS ARTES COMO MARCAS DO TEMPO


Tal como todos os produtos culturais da humanidade, as obras de arte ou manifestações artísticas reflectem o tempo em que foram criadas. O artista ou artesão usa instrumentos, materiais, técnicas, regras, procedimentos, objectivos, ideias e uma iconografia, enfim, todo um manancial de elementos culturais que marcam o seu tempo e, eventualmente, a sua região ou país. Os objectos e manifestações artísticas começam, por falar a priori - e quanto mais não seja - da sua própria génese e época de produção, bem como de quem os concebeu e produziu. O artista (ou artesão) pode assumir vários papéis sociais e culturais no seu tempo, podendo ser desde um simples animador cultural até um acérrimo crítico da sociedade. No entanto, quase sempre ele é uma testemunha do seu tempo.

E o que distinguirá um artista de uma artesão? Eis uma dica de pesquisa que deverás seguir, para te posicionares num debate a ter em breve nas aulas.

O QUE É QUE A "MINNIE MOUSE" TEM A VER COM UM ÍCONE BIZANTINO?




Os desenhos das crianças serão obras de arte?
Poderemos comparar o desenho acima, da "Minnie Mouse", feito pela Teresa de 4 anos, com um ícione bizantino da Madona? Seguramente, a Teresa não possui o domínio da técnica nem os objectivos de produção dos artistas bizantinos; por outro lado, não será difícil reconhecer que a experiência de vida de ambos e as suas preocupações estéticas são completamente diferentes.
Se observarmos com atenção, veremos que a Teresa, habituada a desfolhar as revistas de banda desenhada (mas sem ainda as ler!) reduziu a figura a linhas e a formas geométricas. Para além disso, explorou intensamente o cromatismo, procurando ilustrar o alegre colorido das revistas. Finalmente, não se preocupou com um cenário ou um contexto; para ela, a namorada do Rato Mickey é, provavelmente, a figura que ela mais admira na banda desenhada, assumindo uma importância ao nível de um ícone.
Ao nível formal, que semelhanças detectas entre este desenho e a imagem bizantina acima representada?

O QUE É A ARTE?


O que é a arte?

Possivelmente, toda a gente o saberá, mas poucos dirão o que é a arte. Na verdade, trata-se de um conceito complexo, de difícil explicação pois a arte não é um simples facto ou fenómeno passível de ser observado ou demonstrado. A arte é criada por diferentes pessoas, em sociedades e contextos muito variados e com técnicas e propósitos por vezes completamente opostos. É costume dizer-se que a arte retrata as emoções humanas, bem como tem o poder de as evocar. Poderá, assim, expressar harmonia ou desarmonia, ideias sérias ou divertidas, criar atmosferas solenes ou fantásticas, pelo que assume formas e linguagens muito variadas, consoante a intenção dos que a produzem e as necessidades dos que a apreciam ou a usam no seu dia a dia. Se formos rígidos na definição de arte, poderemos aceitar como arte apenas aquilo que de alguma forma corresponde às nossas vivências e aos conceitos que nos transmitiram desde pequenos. Mas, se mantivermos um espírito aberto, facilmente perceberemos que em quase todas as épocas e em todas as culturas existiram e existem certas manifestações que podermos designar por artísticas e que podem não corresponder às arte tradicionais a que estamos habituados. Porém, um dado é tido como certo: a arte faz parte da vida das pessoas e dos grupos e existe para cumprir determinadas funções do quotidiano colectivo. É isso que procuraremos descobrir ao longo do ano lectivo!

sábado, 10 de maio de 2008

ARTE ISLÂMICA: MESQUITA DE MÉRTOLA





Igreja de Nossa Senhora da Assunção de Mértola (Igreja Matriz)

A Igreja de Nossa Senhora da Assunção, em Mértola, encontra-se implantada em local elevado, destacando-se da envolvente urbana, numa zona que comprovadamente conheceu grande utilização ao longo dos séculos.
Alvo de interesse pela sua singularidade, a igreja apresenta vestígios de construções anteriores à ocupação árabe, como por exemplo, ainda do período do domínio romano quando Mértola floresceu sob a designação de Myrtilis.
Entre os séculos VIII ou IX o templo primitivo terá sido transformado em santuário muçulmano embora, pela sua tipologia arquitectónica e filiação estilística em templos marroquinos, a mesquita de Mértola não deva ser anterior à segunda metade do século XII, tendo em conta também que a presença almóada na Península se regista a partir de 1150. Em 1238, a vila foi reconquistada aos mouros por D. Sancho II que no ano seguinte a entregou à Ordem de Santiago, vindo esta a proceder à sua fortificação. Terá sido pois no século XIII que a antiga mesquita de Mértola passaria a ser adaptada a templo cristão, já sob o domínio dos cavaleiros espatários.
Com a reconquista, a mesquita de Mértola foi adaptada por mão-de-obra ainda desconhecida a templo cristão dedicado à Virgem Maria sofrendo, entretanto, intervenções pouco significativas. O templo cristão adoptou a evocação de Nossa Senhora da Assunção de entre ambas as águas, assim designado ainda nas Memórias Paroquias de 1758.
Uma das alterações mais importantes no templo, pelo seu significado simbólico, foi a construção do altar-mor no alçado nordeste e da porta principal que lhe ficou defronte, a sudoeste. A nova igreja manteve, no entanto, a planimetria quadrangular da mesquita, bem como os seus alçados, a sua divisão interna em cinco naves (com a central mais larga), seis tramos (um deles mais largo, descrevendo um “T” com a nave central) quatro portas estreitas de arco ultrapassado e a zona do mihrab ou nicho de oração islâmico, convertido em altar-mor.
Ao nível exterior, o edifício apresenta-se rodeado por contrafortes cilíndricos e coroado por merlões chanfrados e coruchéus cónicos, ao gosto o tardo-gótico alentejano, visível em inúmeras igrejas da região. O portal principal apresenta um perfil típico da Renascença, sendo sobrepujado um óculo. À direita destaca-se a torre sineira. No alçado sudeste destaca-se o perfil poligonal do antigo mihrab árabe.
No interior, as cinco naves são cobertas por abóbadas de cruzaria de ogivas que descarregam em colunas, enquanto que o tramo anterior à zona do altar-mor apresenta uma cobertura em abóbada estrelada exibindo, na chave central, o brasão dos Mascarenhas, por alusão ao comendador da vila que custeou grande parte da reforma deste templo. O edifício foi representado por Duarte de Armas (c. 1506), devidamente identificado enquanto antiga mesquita e ainda com cinco coberturas individuais de telhados de madeira à mesma altura.
A Igreja Matriz de Mértola apresenta uma expressão manuelina, resultante da transformação que sofreu em meados do século XVI. Porém conservou a estrutura do antigo edifício islâmico, datado da época almóada (século XII), bem como parte do seu mihrab. É ainda importante referir que o edifício incorpora vestígios de construções anteriores, nomeadamente da época romana, reaproveitados como material de construção (ex: fragmentos de mármore nos fustes que suportam a abóbada).
Desde 1238 que a Igreja tem vindo a ser alvo de sucessivas modificações e recuperações. No século XVII operaram-se diversas reformas no interior da igreja, como o entaipamento do espaço do mihrab e de portas, apeamento do coro alto de alvenaria e tijolo (que foi transferido para o alçado Sudoeste, sobre a porta principal e feito em madeira). A última intervenção, efectuada no século XX, levada a cabo pela DGEMN, empreendeu um vasto programa de obras de recuperação do edifício resultando na consolidação do templo, colocação de um telhado novo, substituição do pavimento degradado de madeira por um de pedra e tijoleira, demolição de anexos, da capela-mor e sacristia, entaipamento de janelões seiscentistas e setecentistas, desentaipamento do mihrab e das três portas de arco ultrapassado com alfiz, deslocação do altar-mor para a parede Sudeste.
A Igreja de Nossa Senhora da Assunção foi classificada de Monumento Nacional por decreto datado de 16 de Junho de 1910, publicado em Diário de Governo de 23 de Junho do mesmo ano.
O mihrab, conforme refere Cruz, surge no cruzamento da nave central com a transversal formando um recanto poligonal de cinco panos de excepcional execução técnica, coberto por uma abóbada em quarto de esfera. Apesar de se encontrar bastante mutilado, apresenta um alçado dividido em dois andares, sendo o inferior liso e o superior decorado com arcaturas cegas.
A decoração do andar superior é constituída por três arcos cegos polilobados com motivos serpentiformes que assentam em colunas adossadas ao centro de cada uma das faces, sendo rematado o nicho por uma cimalha moldurada pelo “cordão do infinito”. As colunas e os arcos destacam-se do plano de fundo cerca de 22 a 28 mm. Ainda nesse trabalho é referido que no andar superior surgem apontamentos de cor e vestígios de pintura a leite de cal. Na face esquerda, uma “legenda em letra gótica” e linhas de contorno de uma figura (incompleta) foram executadas sobre uma fina camada de cal (barramento a cal com a execução da legenda e do desenho a fresco - esgrafitos), enquanto na face direita surge, uma pintura com motivos geométricos realizada directamente sobre a superfície. Em ambos os registos pictóricos são bastante acentuadas as perdas de pigmentos, dificultando a sua leitura e interpretação. A estrutura e a decoração do mihrab, segundo os arabistas Torres Balbás e Christian Ewert, têm paralelismos com o da Mesquita de Almeria e sobretudo com os das mesquitas do Norte de África. A variedade de sobreposições e de composições, motivos geométricos e florais, que revestem o alçado do mihrab, reflectem a importância que esse espaço teve ao longo do tempo, bem como as múltiplas empreitadas levadas a cabo no interior da igreja.

Referências bibliográficas:
"A Igreja Matriz de Mértola", Boletim da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, 71, 1953.
Cruz, Maria João S. (coord.), Relatório da Intervenção de Conservação e Restauro dos Revestimentos Arquitectónicos do “mihrab” da Igreja Matriz de Mértola – Registo técnico, gráfico e fotográfico da intervenção, Janeiro-Março de 2005.
Macias, Santiago; Torres, Cláudio, A Mesquita de Mértola, Mértola, Campo Arqueológico de Mértola, 2002.
Veiga, Sebastião, Memórias das antiguidades de Mértola, edição fac-similada da de 1880, Lisboa - Mértola, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Câmara Municipal de Mértola, 1983.

Publicações relacionadas :
Adriano, P.; Santos Silva, A., Caracterização de argamassas do período Romano e Árabe da Vila de Mértola, Relatório LNEC 200/06-NMM, 2006, 59 pp.
Santos Silva, A.; Ricardo, J. M.; Salta, M.; Adriano, P.; Mirão, J.; Estêvão Candeias, A.; Macias, A., "Characterization of Roman mortars from the historical town of Mértola", in Heritage Weathering and Conservation, Fort, Alvarez de Buergo; Gomes-Heras, Vasquez-Calvo (eds.), Taylor & Francis, Madrid, 2006, Vol. I, pp. 85-90

LINKS:

domingo, 4 de maio de 2008

IMAGENS DA MULHER AO LONGO DA ARTE OCIDENTAL

Clica, em baixo, para acederes a um vídeo com uma interessante sequência de imagens da mulher ao longo da arte ocidental, desde a bizantina à contemporânea.
http://www.artgallery.lu/digitalart/women_in_art.html

quarta-feira, 30 de abril de 2008

CULTURA E ARTE ISLÂMICAS



















DADOS ESSENCIAIS:

Os 5 pilares do Islamismo: Profissão de Fé, Oração, Tributo, Jejum, Peregrinação
Figuras centrais: Maomé, seus Companheiros, Casa de Maomé, Profetas do Islão
Textos e lei: Corão, Suna, Hadith, Biografias de Maomé, Xariá, Fatwa, Jurisprudência
Ramos do islão (povos): Sunitas, Xiitas, Kharijitas
As 3 Cidades sagradas: Meca, Medina, Jerusalém

Links úteis sobre o tema:

A música da comédia-ballet de Molière, Le bourgeois gentilhomme? (11º ano)

Endereços:
Lully_Le_Bourgeois_Gentilhomme_-_01._Ouverture.ogg
Lully_Le_Bourgeois_Gentilhomme_-_02._Gravement.ogg
Lully_Le_Bourgeois_Gentilhomme_-_03._Sarabande.ogg
Lully_Le_Bourgeois_Gentilhomme_-_04._Bouree.ogg
Lully_Le_Bourgeois_Gentilhomme_-_05._Gaillarde_Canarie.ogg
Lully_Le_Bourgeois_Gentilhomme_-_06._Gavotte.ogg
Lully_Le_Bourgeois_Gentilhomme_-_08._Air_des_Espagnoles.ogg
Lully_Le_Bourgeois_Gentilhomme_-_10._Chaconne_des_Scaramouche,_Trivelins.ogg
Lully_Le_Bourgeois_Gentilhomme_-_11._Marche_pour_la_Ceremonie_des_Turcs.ogg

OUTROS LINKS SOBRE A PEÇA:
http://www.gutenberg.org/etext/2992
http://www.holdenhurst.co.uk/wtc/bourgeois/sact1.htm
http://www.site-moliere.com/pieces/bourgeoi.htm
http://en.wikipedia.org/wiki/International_Music_Score_Library_Project
http://fr.wikipedia.org/wiki/Le_Bourgeois_Gentilhomme

MOLIÈRE, VIDA E OBRA ( 11º ano)

Acede a um texto sobre Molière (vida e obra) neste link:
http://www.4shared.com/document/t-FEZdgZ/Moliere.html

terça-feira, 22 de abril de 2008

VOCABULÁRIO ESPECÍFICO DE ARTE

No Centro de Recursos da Escola existem materiais que são de óptima consulta para esclarecer significados de termos técnicos e de conceitos. São eles:
a) fotocópias do glossário dos Tesouros Artísticos de Portugal, que se encontram numa pasta no balcão, para serem reproduzidas pelos alunos;
b) Dicionário Universal de Pintura, de J.-A. França e Mário Tavares Chicó, 3 vols., Estúdios Cor. c) Dicionário de Termos de Belas Artes, de Luís Teixeira, Bertrand Editora.
Bom trabalho!

sábado, 5 de abril de 2008

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

O PRÉ-ROMÂNICO




A arte pré-românica não designa um estilo em particular, mas antes um período da arte ocidental que se inicia formalmente com a dinastia merovíngia, mas que pode retroceder já ao momento da queda do império romano do ocidente com as migrações dos povos germânicos para a Europa ocidental e meridional. De um modo geral, este período situa-se na passagem da antiguidade clássica tardia para o românico, pautando por uma absorção de diversas influências que resultam nas fusões inovadoras entre elementos clássicos mediterrânicos, cristãos e germânicos. Não se resume, por isso, a uma região específica, mas alastra-se por toda a Europa ao longo de um longo período temporal, destacando-se alguns linhas de produção artística própria como arte dos vickings, arte céltica, arte visigoda, arte mourisca, arte merovíngia, arte carolíngia, arte otoniana, etc. Migrações na Europa entre os séculos II e V: Visigodos, Vândalos, Lombardos, Godos, Ostrogodos, Anglos e Hunos. Sobre as "invasões" ver o link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Migrações_dos_povos_bárbaros
Existem outras vagas de migrações nos séculos VII a X: muçulmanas, normandas, eslavas e magiares.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Mapas da Europa (10º e 11º anos)

Para ver diversos mapas sobre a Europa consultar:
http://www.lib.utexas.edu/maps/historical/history_europe.html

INTRODUÇÃO À CULTURA DO PALCO (11º ANO)


A Cultura do Palco: introdução histórica ao século XVII
O século XVII é um século de grandes progressos políticos, económicos, religiosos e científicos. Neste conjunto, as artes também ganharam grandes impulsos, adequados aos projectos dos Estados absolutistas, da Igreja Católica e de uma próspera burguesia no Norte da Europa. Para uma consulta rápida da cronologia deste período, ver: http://www.wwnorton.com/college/history/ralph/referenc/europe.htm
Sobre a arte no século XVII (tem hiper-ligações para artistas vários) ver: http://www.metmuseum.org/toah/hi/te_index.asp?i=17

Existem factos marcantes que, por alterarem as “peças do xadrez” político europeu, merecem ser mencionados. São eles a formação da República Holandesa, a Guerra dos Trinta Anos, o reinado de Luís XIV, a Revolução Gloriosa inglesa, o fim da União Ibérica e, como baliza final, o Tratado de Utreque (1712-13).
A República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos, ou mais simplificadamente as Províncias Unidas ou República Unida dos Países Baixos, foi um estado europeu, antecessor dos actuais Países Baixos, frequentemente errónea e generalizadamente denominado por Holanda, que existiu entre 1579 e 1795, agrupando as sete províncias do norte dos Países Baixos (Frísia, Groningen, Güeldres, Holanda, Overijssel, Utrecht e Zelândia). A República foi fundada pela União de Utrecht (1579), e sobreviveu até à sua transformação em República da Batávia na sequência da ocupação francesa de 1795.

A Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) foi uma série de conflitos religiosos e políticos ocorridos especialmente na Alemanha, nos quais rivalidades entre católicos e protestantes e assuntos constitucionais germânicos foram gradualmente transformados numa luta europeia. Apesar de os conflitos religiosos serem a causa directa do conflito, ele envolveu um grande esforço político da Suécia e da França para procurar diminuir a força da dinastia dos Habsburgos, que governavam a Áustria. A guerra causou sérios problemas económicos e demográficos na Europa Central. Sobre este assunto ver: http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_dos_Trinta_Anos
Luís XIV de Bourbon, (1638-1715), conhecido como "Rei-Sol", foi o maior monarca absolutista da França, e reinou de 1643 à 1715. A ele é atribuída a famosa frase: "L'État c'est moi" (O Estado sou eu), apesar de grande parte dos historiadores achar que isso é apenas um mito. Construiu o Palácio dos Inválidos e o luxuoso Palácio de Versalhes em Versalhes, perto de Paris, onde faleceu em 1715. No seu reinado, uma série de progressos nas artes alteraram o rumo da arte europeia. Sobre este assunto ver: http://pt.wikipedia.org/wiki/Luís_XIV http://www.passei.com.br/tc2000/historiageral/hisger18.pdf
A Revolução Gloriosa aconteceu no Reino Unido entre 1685 e 1689 e nela o rei Jaime II de Inglaterra da dinastia Stuart (católico) foi removido do trono da Inglaterra, Escócia e País de Gales, e substituído pelo nobre holandês Guilherme, Príncipe de Orange em conjunto com sua mulher Maria II, filha de Jaime II (ambos protestantes). O reino Unido sofrera uma atribulada historia política e religiosa no século XVII, com lutas entre protestantes e católicos e o forte poder parlamentar que levou à morte de Carlos I ao poder de Cromwell.
A Dinastia Filipina ou Império da União Ibérica foi a dinastia real que reinou em Portugal durante o período de união pessoal entre Portugal e Espanha. Os três reis da dinastia filipina governaram em Portugal entre 1580 e 1 de Dezembro de 1640 e foram: Filipe I de Portugal e II de Espanha (r. 1580-1598); Filipe II de Portugal e III de Espanha (r. 1598-1621) e Filipe III de Portugal e IV de Espanha (r. 1621-1640).
O Tratado de Utreque é um conjunto de acordos estabelecidos entre Espanha e França e as outras potências europeias, no contexto da Guerra da Sucessão de Espanha. As negociações tiveram início na cidade holandesa de Utreque, em 1712, data em que foi assinado um armistício entre a França e a Inglaterra. Em 1713, a França assinou tratados com Portugal, Sabóia e Prússia. Para Portugal ficaria garantida a posse de vários territórios sul-americanos, nomeadamente na região do Amazonas, posse essa que vinha sendo contestada. Ainda nesta data, a Espanha celebrou a paz com a Inglaterra e a Sabóia, e em 1714 com a Holanda. Em 1715, a Espanha assinou um tratado de paz com Portugal. Este acordo era de grande amplitude: obrigava à restituição dos territórios ocupados pelas partes no decurso da guerra, resolvia a questão das colónias em litígio nas Américas, previa a troca dos prisioneiros, regulava as relações comerciais futuras entre os dois países, previa o pagamento de dívidas antigas, revalidava os acordos anteriores entre as duas potências e normalizava as relações diplomáticas. Os tratados cujas negociações se revelaram mais complicadas e difíceis foram os que envolveram a presença da Espanha. Em 1715 seria definitivamente posto termo à guerra, ficando no trono espanhol Filipe V, neto de Luís XIV de França. Os representantes de Portugal em Utreque foram o conde de Tarouca e D. Luís da Cunha. Os tratados assinados em Utreque marcaram o declínio do poderio francês e espanhol, permitindo o surgimento destacado do império colonial britânico. Os acordos internacionais aqui estabelecidos orientaram toda a política internacional das duas décadas que se seguiram. Ver: Tratado de Utreque. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2004. E: www.infopedia.pt/$tratado-de-utreque.

CRONOLOGIA DA HISTÓRIA DO MUNDO

Sempre que tiveres algum problema em situar um facto num período ou em compreender a globalidade de uma dada época, podes consultar uma Cronologia da História do Mundo em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cronologia_da_Hist%C3%B3ria_do_Mundo

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

NOVO EMAIL

AVISO AOS ALUNOS:
O novo email para onde devem enviar informações/trabalhos é: manuelnunes3@hotmail.com
Bom trabalho!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

FRANCISCO DE HOLANDA (11ºANO)



Francisco de Holanda foi um dos mais relevantes expoente da reflexão estética no renascimento português. Pintor e humanista, nascido em Lisboa em 1517, filho de António de Holanda, cuja projecção no âmbito da pintura e da iluminura se havia já firmado entre nós, é na escola de seu pai que adquire os primeiros conhecimentos da arte da pintura. Em 1537 parte para Roma no âmbito da política cultural de D. João III que tanto estimulou a presença de bolseiros portugueses nos maiores centros da cultura europeia da época.
Aportando a Itállia já com uma importante bagagem cultural adquirida em Évora, viria a considerar-se discípulo de Miguel Ângelo, relatando nos Diálogos em Roma os aspectos mais marcantes e fecundos do seu convívio com o mestre italiano.
Na obra deste pintor português, o maneirismo está presente através do aspecto que melhor o define: a premissa teórica da Ideia, concebida platonicamente como fonte da beleza e recondizida, em última análise, ao intelecto divino. Encarada pelos tratadistas italianos como "scintilla della divinitá", a ideia é um reflexo, no entendimento humano, do modelo eternamente imanente ao intelecto divino, do qual procedem todas as criaturas. Ao artista, ser privilegiado, é dado imitá-la, nela reconhecendo os aspectos universais da natureza, identificados com a verdade.
Como escreveu no Tratado da Pintura, a sua obra de maior consistência teórica, a ideia é responsável pela invenção de uma «segunda natureza», concebida interiormente, plasmada no intelecto e fruto do engenho. Assim, a beleza é encarada num contexto que permite equacionar uma profunda aliança entre a estética e a metafísica. Por isso, para Francisco de Holanda, Deus é a fonte de toda a pintura, sendo também ele o primeiro pintor. A criação é por si encarada como um dar forma pela luz, recuperando a metafísica da luz do platonismo, concebendo por isso a criação como uma função plástica animante, correspondendo a um modelo ou ideia previamente formulado no intelecto divino, tema já sublimemente afirmado por Sto. Agostinho ao estabelecer que Deus não connhece as coisas porque elas existem, mas que as coisas existem porque ele as conhece.
Nestes termos, a pintura humana consiste num criar de novo, numa função plástica inanimante, pois que o pintor «encerra em si aquela ideia criada no entendimento criado, com que imita ou quer imitar as divinas ciências incriadas com que o muito poderoso Senhor Deus criou todas as obras».
Quer isto dizer que o conceito de imitação, a que tantas vezes se refere, não atende tanto à multiplicidade do real concreto, na sua condição aparencial, mas sim à «verdadeira natureza», representada na ideia. Logo, o acto de criar é uma função de «olhos interiores» em que o pintor, num estado de «grande silêncio e segredo» se deixa conduzir pelo «divino furor da criação». Esta mesma referência ao furor supõe o triunfo da idealização como fruto das capacidades inatas do engenho e não da imposição de factores exteriores, expressos em preceitos rígidos, tecnicamente transmissíveis. Daí a associação do maneirismo à noção de fantasia artística, razão por que não deverá o pintor, com a sua obra, preocupar-se em «agradar ao vulgo», mas sobretudo a si próprio, reforçando essa dimensão interior que assiste ao processo criativo,
Mas sendo fonte da pintura e primeiro pintor, Deus é também a causa primeira da pintura humana, pois F.H. considera a ideia directamente infundida por Deus no génio do artista, ou por palavras suas «naturalmente dada pelo Sumo mestre Deus, gratuita no entendimento», sendo também aqui que reside a possibilidade por si enunciada de uma vivência mística, na tradição do neoplatonismo medieval, estabelecendo-se a contemplação divina pelo elo da ideia.
Por sua vez, esta dimensão mística presupõe uma ascética, quando refere a necessidade que assiste ao artista de «fortificar e defender a cidade da alma e o reino de seu espírito, guarnecendo e cingindo suas três potências com o inexpugnável muro da fé viva, esperança segura e caridade perfeita». A busca do divino é pois uma finalidade natural da pintura maneirista de F.H, reforçada aliás pela identificação entre o belo e o bem.
Todavia, a sua teoria do pintor comporta outra dimensão complementar à do engenho, referida desta feita aos aspectos técnicos e de aprendizagem, expressos no seu esforço infrutífero para a fundação em Portugal de uma academia de pintura. Trata-se agora da «arte, costume ou exercício» que se traduzem num conjunto de regras e preceitos técnicos, pois «nem por isso nascer com engenho somente basta, mas há-de logo ajudar a arte, e a ciência, e o costume, sem o qual o mor engenho dos homens não teria algum valor».
Abre-se-nos então o vasto domínio da aprendizagem a propósito do qual se revela possuído do ideal de um saber enciclopédico, transformando a pintura na mais completa e difícil de todas as artes humanas, reclamando, em consequência, um ambiente de liberdade incompatível com a organização corporativa vigente nesta época.
Obras do Pintor:
Francisco de Holanda, Retrato de Miguel Ângelo (Antigualhas, f. 2). Biblioteca de San Lorenzo de El Escorial.
Os Desenhos de Antigualhas que viu Francisco de Holanda, Pintor Português (1539-40); De quanto serve a ciência do desenho e entendimento da arte da pintura na república cristã assim na paz como na guerra (1571); De Aetatibus Mundi Imagines (1543-1573); Da Pintura Antiga (1548), introdução, notas e comentário de José da Felicidade Alves, Lisboa, 1984; Diálogos em Roma (1548), introdução e notas de José da Felicidade Alves, Lisboa, 1984; Da Fábrica que Falece à Cidade de Lisboa (1571), introdução e notas de José da Felicidade Alves, Lisboa, 1984; Do Tirar Polo Natural (1549), introdução e notas de José da Felicidade Alves, Lisboa, 1984.
Bibliografia:
Jorge H. Pais da Silva, Estudos sobre o maneirismo, Lisboa, 1983; Jorge Segurado, Francisco d'Ollanda, Lisboa, 1970; José da Felicidade Alves, Introdução ao estudo da obra de Francisco de Holanda, Lisboa, 1986; José Freches, les Dialogues de Rome de Francisco de Holanda, Paris, 1973; José Stichini Vilela, Francisco de Holanda, Vida, Pensamento e Obra, Lisboa, 1982; Mariana Amélia Machado Santos, A Estética de Francisco de Holanda (I Congresso do Mundo Português), Lisboa, 1940; Ricardo Averini, «Francisco de Holanda e o juízo de Miguel Ângelo sobre a pintura flamanega» em A Introdução da Arte da renascença na península Ibérica, Coimbra, 1981; Robbert Klein, «Francisco de Holanda et les secrets de l'art», em Colóquio, nº XI; Sylvie Deswarte, Contribuition à la connaissance de Francisco de Holanda» em Arquivos do Centro Cultural Português, vol. VII, Paris, 1970; Id., As Imagens das Idades do Mundo de Francisco de Holanda, Lisboa, 1987; Id., Ideias e Imagens em Portugal na Época dos Descobrimentos, Lisboa, 1992.
Autoria deste texto: Pedro Calafate, de: http://www.instituto-camoes.pt/cvc/filosofia/ren5.html
Outros links:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_de_Holanda

Imagens: esquerda - "O sétimo dia" in Francisco de Holanda, De Aetatibus Mundi Imagines; Madrid, Biblioteca Nacional; direita:
Retrato de Miguel Ângelo (Antigualhas, f. 2). Biblioteca de San Lorenzo de El Escorial.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

A arte do Manuelino (11º)








O manuelino não é um "estilo", pois abrange apenas a arquitectura e a decoração arquitectónica. Se fosse um estilo, como falamos do "estilo gótico" ou do "estilo barroco", teria de haver, também, uma pintura manuelina, uma literatura manuelina e uma música manuelina. O que se passa, de facto, é que este gosto de fazer e de decorar edifícios, ocorrido entre os finais do reinado de D. João II e os finais do reinado de D. Manuel I, foi paralelo ao desenvolvimento de uma pintura de influência flamenga e à introdução de um novo "estilo" em Portugal, o renascimento, que afectou os vários géneros artísticos e que até soube conviver harmoniosamente com o próprio manuelino como, por exemplo, no mais famoso edifício deste período: o mosteiro dos Jerónimos. Por outro lado, nos finais do séc. XV e princípios do séc. XVI ocorriam em Portugal sobrevivências do gótico final.

Assim, vemos que esta época foi de transição, de mescla de gostos e de tendências, aumentada com a expansão marítima e os contactos com outras culturas e artes dos demais continentes.Convém, contudo, notar que o manuelino foi uma arte arquitectónica muito apreciada pelos reis e priores sucessivos do mosteiro dos Jerónimos, pelo que mesmo após a morte de D. Manuel, e durante os séculos XVII e XVIII, as obras mais simples, como abrir uma nova porta ou fazer um altar eram encomendadas à maneira antiga do período de D. Manuel I.

Muitas teorias surgiram a tentar explicar o manuelino e ideias absurdas e lugares comuns foram repetidos vezes sem conta, sem que os seus autores reflectissem sobre elas ou lessem os livros que sobre o assunto iam sendo dados à estampa. Mesmo nos manuais escolares, as asneiras repetem-se que até aflige. Recomenda-se aos alunos que não leiam no manual da Porto Editora as páginas referentes à arte manuelina.

Uma das ideias mais típicas sobre o manuelino, mas incorrectas, prende-se com a sua decoração, nalguns casos versando sobre temas náuticos. Ora isto fez com que muitos vissem na decoração manuelina (cordas, bóias, algas, troncos nodosos, golfinhos, caraças dentro de tondos, etc.) um reflexo dos "descobrimentos" marítimos e uma glorificação dos navegadores portugueses como Vasco da Gama e outros. O Prof. Manuel C. Mendes Atanázio, já em 1984, no seu livro A Arte do Manuelino avisa que muita de decoração naturalista (troncos, cordas, flores e frutos, animais, etc.) prende-se com as artes efémeras da época, isto é, a decoração de arcos que se faziam nas festas religiosas e populares bem como nas entradas régias nas cidades. Por outro lado, os golfinhos que surgem nalguns pórticos manuelinos de igrejas matrizes junto do litoral prendem-se com os temas marítimos que tanto afectavam as populações locais. A terceira ideia sobre este problema, é que os restauros revivalistas feitos nos século XIX pelos românticos, e ocorridos nos principais monumentos portugueses como o mosteiro dos Jerónimos e a janela da casa do capítulo do convento da Ordem de Cristo em Tomar, foram executados sem rigor científico ou estilístico e adulteraram as fachadas e as decorações de forma que hoje só um olhar atento e crítico pode deslindar o que é original e o que é cópia e fantasia romântica.

Mas o manuelino não é só uma questão de decoração: ele também é, e sobretudo, uma questão de espaço e de estruturas arquitectónicas. A principal inovação é a criação de uma abóbada única, rebaixada (de combados) para as três naves, todas à mesma altura. Isto ocorre só em Santa Maria de Belém (Jerónimos) e nas igrejas matrizes de Arronches (Alentejo) e de Freixo-de-Espada-à Cinta (Trás-os-Montes). As abóbadas manuelinas possuem uma enorme rede de nervuras que ajudam a suportar o seu peso e o facto de a abóbada ser rebaixada exige um maior esforço dos muros. Esta estratégia propõe o tema da unificação espacial, tão querido aos arquitectos renascentistas. Por outro lado, estas abóbadas não possuem arcos torais, o que faz com que a igreja deixe de estar dividada em tramos (como acontecia no românico e no gótico) o que se conjuga perfeitamente no tema de unificação espacial. O grande arquitecto do manuelino foi o biscainho João de Castilho.
Todos os monumentos manuelinos, mandados fazer pelo rei, ostentavam os símbolos de poder real que eram a cruz da Ordem de Cristo (o rei era o seu mestre) e a esfera armilar.

Dados essenciais sobre o manuelino, que nas aulas e visita de estudo serão tratados com profundidade:

1 - O manuelino não é um estilo mas sim uma arte de construir e de decorar edifícios;
2 - O seu período de esplendor corresponde ao reinado de D. Manuel I, grosso modo compreendendo o primeiro quartel do séc. XVI;
3- O manuelino não é uma glorificação das "descobertas" e dos navegadores, mas glorifica sim a natureza, a fauna e a flora locais e sofre influências das artes efémeras, como era comum na época;
4- A principal inovação arquitectónica do manuelino é a abóbada rebaixada, de combados, única para as três naves, que estão à mesma altura, propondo uma forma engenhosa de unificação espacial;
5- As únicas igrejas manuelinas com todas estas inovações combinadas são: Stª Mª de Belém e as matrizes de Arronches e de Freixo-de-Espada à Cinta;
6- O arquitecto mais notável do manuelino foi João de Castilho;
7- A iconografia da heráldica, no manuelino, exalta a figura e o poder do rei;
8- Pelas suas características e inovações, o manuelino pode ser considerado uma arte portuguesa, distanciando-se do gótico e paralela ao renascimento, e que soube conviver com as formas renascentistas.

Leituras recomendadas: Manuel Cardoso Mendes Atanázio, A Arte do Manuelino, Lisboa, Presença, 1984.
Sobre os restauros dos monumentos manuelinos a historiadora de arte Maria João Baptista tem publicados livros e artigos sobre o tema.
Links relativos: